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“The Voice Brasil” aprova candidata com base apenas em um grito

Mauricio Stycer

26/09/2014 12h24

thevoicetwylaA segunda audição do "The Voice Brasil" registrou um momento bem simbólico. Mal entrou em cena, a candidata Twyla deu um grito, anunciando o início do seu show. Foi o suficiente para que Carlinhos Brown e Claudia Leitte a aprovassem.

Foi isso mesmo que você entendeu. Twyla não precisou cantar nenhum verso da música que ensaiou, "Chain of Fools", para ser selecionada. Nem Aretha Franklin, que tornou a canção famosa, obteve consagração tão rápida.

Com menos de um minuto no palco, os outros dois jurados, Lulu Santos e Daniel, também aprovaram a performance da cantora. Ao fim do número, Brown se sentiu na obrigação de explicar porque a elegeu com base em um grito apenas. "Quando começa a música não é fácil afinar, que dirá com uma potência dessas".

O caso de Twyla é interessante porque escancara essa predileção pela performance exagerada, e não necessariamente pela qualidade, observada em muitas escolhas do quarteto. Outra preferência, ao menos de Claudia Leitte, é pelos candidatos que cantam em inglês.

Falando em exagero, não posso deixar de registrar o número de encerramento do programa desta quinta-feira (25). Interpretando o blues "It Hurt So Bad", Claudia Leitte chegou a deitar no palco e sacudir o corpo enquanto Torcuato Mariano mandava ver na guitarra. Foi engraçado, para não dizer bizarro.

Em tempo: Twyla, por sinal, é uma veterana em concursos musicais. Em fevereiro deste ano ela participou do "Máquina da Fama", no SBT, fazendo um cover de Adele na canção "Someone Like You". Patricia Abravanel curtiu. Veja aqui. Na primeira audição, há uma semana, duas das candidatas selecionadas, Nise Palhares e Hellen Lyu, já haviam participado previamente do "Ídolos", da Record.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.