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Maria Casadevall é um dos acertos da divertida série “Lili, a Ex”

Mauricio Stycer

25/09/2014 00h23

liliaexPersonagem de uma das tirinhas mais divertidas de Caco Galhardo, Lili é uma mulher moderna, engraçada, desbocada e inteligente. Tem, porém, um problema: é obcecada pelo ex-marido. Bacana, mas maluquinha, capaz de atitudes impensadas e assustadoras, não larga do pé de Reginaldo. "Sou uma ex-mulher presente", explica.

Ao adaptar a tirinha para a televisão, a única opção seria fazer uma comédia que tivesse o estilo alucinado da protagonista. "Lili, a Ex", que estreou nesta quarta-feira (24) no canal pago GNT, segue justamente este caminho.

Produção da O2, dirigida por Luis Pinheiro, e que conta com o próprio Caco Galhardo entre os roteiristas, o seriado consegue transmitir muito do jeitão de Lili.

Salta aos olhos, entre outras qualidades, o acerto da escalação de Maria Casadevall como a protagonista. Atriz de teatro, ela ganhou projeção por um papel cômico em "Amor à Vida", novela de Walcyr Carrasco exibida pela Globo em 2013, na qual fez par romântico com Caio Castro.

liliaexreginaldoMuito à vontade, a atriz faz uma Lili que parece personagem de tirinha. Foi bem ajudada, no episódio de estreia, por Felipe Rocha, no papel do ex-marido Reginaldo, um tipo nerd e desajeitado.

Também apareceram bem João Vicente de Castro (Porta dos Fundos), como Reinaldo, ex-cunhado de Lili, Daniela Fontan, que vive Cintia, a melhor amiga, Rosi Campos, como Gina, a mãe da protagonista, e Milton Gonçalves, que faz o avô de Cintia e mereceu uma cena impagável.

"Lili, a Ex" lembra um pouco, no estilo, "Aline", série que a Globo exibiu em 2009 e 2011, interrompendo a segunda temporada no meio do caminho.

É verdade que a personagem da tirinha de Adão Iturrusgarai, dividindo a cama com dois maridos, tem uma vida mais ousada e iconoclasta que Lili. Mas ambos os programas encontraram boas soluções ao realizarem a adaptação de personagens de HQ para a televisão.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.