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Ana Paula Padrão é coadjuvante do divertido trio de jurados do “MasterChef”

Mauricio Stycer

03/09/2014 01h07

masterchef

Quem esperava a estreia do "MasterChef" para rever Ana Paula Padrão, sumida da televisão desde março de 2013, deve ter se frustrado. Ainda que muito animada e simpática, a apresentadora praticamente não apareceu no novo programa da Band. Em compensação, o trio de jurados deu um show e garantiu a diversão.

Adaptação de um formato britânico que já teve versões em mais de uma centena de países, "MasterChef" propõe uma competição para descobrir um novo chef entre cozinheiros amadores. O vencedor, ao final de 17 episódios, vai ganhar R$ 150 mil, um carro e uma bolsa de estudos de três meses na Le Cordon Bleu, renomada escola de gastronomia de Paris.

Os escolhidos para a missão de julgar os novatos são três chefs experientes, todos atuando em restaurantes de São Paulo: o brasileiro Henrique Fogaça (Sal Gastronomia), o francês Erick Jacquin (Tartar&Co) e a argentina Paola Carosella (Arturito).

Trezentos candidatos viraram 50 nos primeiros minutos do programa, pré-selecionados por uma equipe de cozinheiros não identificados. Fogaça, Jacquin e Carosella entraram em ação, de verdade, na segunda etapa, quando estes selecionados passaram por uma primeira "audição".

Diante do trio, os candidatos precisavam montar um prato previamente feito e explicar a criação. Diferentemente de programas musicais, quando os jurados desempenham tipos diferentes (um bonzinho, um rigoroso e um engraçado, por exemplo), no "MasterChef" brasileiro os três jurados optaram, cada um com seu estilo, pelo rigor.

"É um reboque, um tijolo, para levantar parede", disse Fogaça sobre a comida preparada por um candidato. "Me senti na praça de alimentação do pior shopping da cidade", observou Jacquim sobre outra. "Esteticamente, seu prato é bonito e tem boas intenções", ironizou a chef argentina.

Antes de provar um "suco biogênico", o chef francês se benzeu, temendo pelo pior. E por aí foram, cruéis e ao mesmo tempo engraçados, dizendo "verdades" para os quase sempre intimidados candidatos.

Por esta estreia, apesar de longa e quase sem intervalo comercial, o "MasterChef" promete ser uma boa opção da Band nas noites de terça-feira. Dados prévios do Ibope indicam, porém, que a audiência não foi das melhores. O programa ficou em quarto lugar, com 3,8 pontos de média e 5,6 de pico, atrás de Globo (13,2) Record e SBT (com 6,4) e à frente da RedeTV! (1,1).

Abaixo, um dos momentos mais engraçados – a participação de Thiago, professor de ioga, "surfista do aroma e do paladar", que propôs um suco biogênico aos jurados:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.