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Drama ou comédia? “Orange is the New Black” muda de categoria no Emmy

Mauricio Stycer

10/07/2014 15h25

orangeisthenewblackEm janeiro, disputando o Globo de Ouro, "Orange is the New Black" conseguiu apenas uma indicação, de melhor atriz, para a protagonista Taylor Schilling, mas não ganhou. Agora no Emmy, cujos candidatos ao prêmio foram anunciados nesta quinta-feira, o programa da Netflix se saiu bem melhor: conseguiu 12 indicações em oito categorias.

O que mudou? Para disputar o prêmio dado pelos correspondentes estrangeiros em Hollywood, o Netflix inscreveu a série na categoria drama. Agora, para o Emmy, "Orange is the New Black" foi apresentada como comédia. A empresa possivelmente julgou que a competição seria menos dura nesta área. Como drama, teria que competir com "Breaking Bad", "House of Cards" e "True Detective".

Quem assistiu à primeira temporada, haverá de concordar que a série realmente oscila entre o humor e o drama — americanos dizem que a série é um "dramedy". Os seus primeiros episódios são bem mais leves e divertidos. À medida que a história da presidiária Piper Chapman avança, no entanto, o clima vai fechando e a história ganha contornos dramáticos.

Quando anunciou a decisão de mudar a categoria da série, em março, um porta-voz do Netflix justificou: "'Orange' combina de forma única comédia e drama em seus episódios de uma hora e simplesmente desafia a categorização padrão".

"Orange is the New Black " concorre ao Emmy  nas categorias de melhor comédia, diretor (Jodie Foster), roteiro, atriz (Taylor Schilling),  atriz coadjuvante (Kate Mulgrew), atriz convidada (Natasha Lyonne, Uzo Aduba e Laverne Cox), diretor de elenco e ainda em uma categoria técnica.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.