Reclamação não é representativa dos evangélicos, diz criador do “Tá no Ar”
O criador do "Tá no Ar", Marcius Melhem, procurou minimizar nesta sexta-feira (23) a repercussão negativa junto a espectadores evangélicos de um quadro do programa, exibido na véspera, na Globo.
"Não acredito que essa reclamação seja representativa dos evangélicos", afirmou Melhem ao UOL. "Também vi vários evangélicos pedindo mais humor a quem reclamou", disse. "Brincamos com os evangélicos assim como brincamos com todas as religiões. A gente brinca, não ofende. Temos o maior cuidado".
O programa apresentou um esquete chamado "Crentes", inspirado no seriado "Friends", imaginando se os seis amigos fossem evangélicos. "Essa foi a ideia: como seria um seriado evangélico. Só isso", diz.
Uma das reclamações dos espectadores foi quanto à letra da música-tema do seriado, que fala: "Pago o dízimo, 10% para o pastor". Melhem se defende: "A música não diz se isso é bom ou ruim. Não adjetiva. O público que julgue."
O criador do programa insiste: "Não fazemos juízo de valor nem questionamos nenhum dogma. Já brincamos com católicos, com o Candomblé, com muçulmanos, com judeus…" E avisa: "Vamos continuar brincando. Não temos nada contra nenhuma religião. A gente brinca com tudo, democraticamente. É chumbo livre."
Por fim, Melhem lembra que o episódio desta quinta-feira terminou com uma piada sobre o próprio "Tá no Ar". "É aquele programa que imita o Porta dos Fundos", disse um ator. "A gente sacaneia a gente mesmo, sacaneia a Globo", observa. "Nunca quis fazer um programa rancoroso."
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