“CQC” faz pegadinha capenga sobre “justiça com as próprias mãos”
Em uma encenação exibida por 12 minutos nesta segunda-feira (21), o "CQC" quis mostrar que uma pessoa inocente pode ser vítima da fúria de gente desinformada.
Três atores protagonizaram o teatro em uma esquina não identificada (acho que de São Paulo), na qual um suposto assaltante é amarrado a um poste por duas de suas "vítimas". Seguranças escondidos foram obrigados a entrar em ação quando um sujeito que via a cena apareceu com uma barra de ferro na mão destinado a agredir o falso assaltante.
Antes de mostrar esta encenação, o programa exibiu imagens de reportagens reais sobre inocentes que foram vítimas de atos de "justiceiros". "Será que a justiça com as próprias mãos é justa?", perguntou o repórter Mauricio Meirelles.
Todo o trabalho pareceu ter um propósito didático – o de mostrar que a fúria nas ruas pode vitimar gente inocente. "Muitas pessoas são vítimas e não têm nada a ver com isso. Às vezes, o cara é inocente, aí vê a aglomeração… E quando você vê, está cometendo um crime também, está batendo num cara que não tem nada a ver com isso", disse Meirelles a um motociclista que falou em "pegar a arma" para atacar o falso assaltante.
A intenção é até louvável, mas lógica por trás do raciocínio me pareceu capenga. A "pegadinha" do "CQC" poderia ter sido complementada com um discurso mais claro, lembrando que praticar "justiça com as próprias mãos" é uma barbaridade em si – e não somente quando a vítima é inocente.
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