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Com título mudado em cima da hora, GNT estreia boa série sobre vida de juiz

Mauricio Stycer

09/04/2014 11h46

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Um dos principais polos de exibição de séries nacionais, o canal pago GNT estreia nesta quarta-feira (09), às 22h30, "Questão de Família", uma de suas produções mais bem acabadas. O programa tem direção e roteiro do cineasta Sergio Rezende ("Salve Geral", "Zuzu Angel" e "O Homem da Capa Preta", entre outros).

A série, em 13 episódios, gira em torno de Pedro, juiz de uma Vara de Família no Rio com uma vida pessoal quase tão tumultuada quanto os casos que julga. Não bastasse, o magistrado também tem o hábito de, trocando o terno por uma roupa mais discreta, sair às ruas para tentar entender melhor os próprios assuntos que estão sob seu juízo.

Interpretado por Du Moscovis, o protagonista é um personagem que oferece muitas possibilidades. Vi os dois primeiros episódios. Em cada um, Pedro analisa um caso diferente, com início, meio e fim, mas a sua história pessoal se desenvolve paralelamente, sugerindo desdobramentos para os capítulos seguintes.

O GNT apresentou a série para a imprensa há duas semanas em um cinema em São Paulo. Na ocasião, o programa se chamava "Assunto de Família". Neste meio tempo, por problemas com o registro, segundo a empresa, o título da série mudou para "Questão de Família".

Além de Moscovis, que está muito bem, "Questão de Família" conta com Malu Galli, no papel de uma outra juíza, Georgiana Goes, como ex-mulher de Pedro, e Iano Salomão, como o irmão mais novo do juiz.

A dupla atuação do personagem principal, dentro e fora dos tribunais, não é um recurso original, mas funciona bem em "Questão de Família". Uma outra série brasileira atualmente no ar, "Psi", em exibição na HBO, recorre a expediente semelhante, igualmente com sucesso.

Baseado em um personagem criado pelo psicanalista Contardo Calligaris, o terapeuta Carlo Antonini divide-se entre o consultório e aventuras no seu cotidiano. Escrevi sobre a série aqui.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.