Longo e sem foco, “Arena SBT” acerta com as imitações de Porpetone
Em ano de Copa do Mundo, o SBT estreou na noite de sábado (08) um programa de auditório de duas horas sobre esportes, área que sempre negligenciou. Como outros programas de rádio e TV já fizeram, o "Arena SBT" tenta misturar humor, música e jornalismo com um time fixo e atrações convidadas.
A equipe é formada por dois comediantes (Alexandre Porpetone e Marcelo Smigol), um radialista (Thomaz Rafael), um ex-jogador de futebol (Edmilson), uma jurada do "Programa Silvio Santos" (Lívia Andrade), uma repórter (Juliana Franceschi) e um personagem chamado Gavião, que fica escondido em uma cabine.
No programa de estreia, o ex-presidente do Corinthians Andres Sánchez foi entrevistado por Roberto Cabrini, e fugiu de todas as questões sérias que o repórter fez. Smigol visitou o Itaquerão, mas preocupou-se mais em gritar e fazer micagens do que em mostrar como é o estádio da abertura da Copa.
Livia Andrade visitou o estádio do Juventus, na rua Javari: "Come pelo lado grosso ou pelo fino?", perguntou antes de morder um cannoli. "De quatro é mais gostoso?", questionou depois que o time da casa marcou o quarto gol.
Atirando em todas as direções, o programa levou Edmilson à casa de Cafu, que mostrou seus troféus, exibiu uma reportagem sobre a seleção feminina de handebol, outra sobre a prática de bocha e, ainda, acompanhou a ida de um menino de 10 anos ao Pacaembu para ver o jogo do seu time de coração, o Palmeiras.
Não bastasse, a atração também apresentou uma reportagem sem sentido sobre um sujeito que corre plantando bananeira e, no auditório, contou com o músico Gabriel, o Pensador.
Muito longo, com um auditório histérico, "Arena SBT" serviu especialmente para mostrar o talento de Porpetone como imitador. Ele apresentou versões da presidente Dilma, dos técnicos Felipão (a melhor de todas) e Joel Santana, dos ex-jogadores Ronaldo e Neto e do narrador Galvão Bueno.
Porpetone também apresentou um quadro surreal, "Central da Cópia", no qual reproduziu de forma tosca o aparato tecnológico usado pela Globo no intervalo das partidas (imagem no alto). Em vez de um campo virtual, o "Arena SBT" mostrou uma mesa de pebolim (totó), ocupada por anões.
Falando de Belo Horizonte, o ex-jogador Dadá Maravilha previu sobre o novo programa: "Se o Silvio Santos aprovou, é sucesso." Nem preciso dizer que ainda falta muito para isso.
Se me permitem uma sugestão, o "Arena SBT" poderia ser mais curto. A ausência de foco é até compreensível num primeiro momento, mas não seria má ideia a equipe refletir sobre o que pretende exatamente com o programa.
Em tempo: O programa marcou 3 pontos no Ibope na estreia, menos do que a emissora registrava no horário com "Casos de Família" e filmes. Veja mais aqui.
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