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Aguinaldo Silva reclama de “descaso” da direção de “Fina Estampa”

Mauricio Stycer

12/12/2013 20h57

aguinaldosilvaEm uma longa entrevista publicada em seu próprio blog, nesta quinta-feira (12), Aguinaldo Silva descreve em detalhes o seriado "Doctor Pri", cujas gravações devem começar em janeiro, e fala da próxima novela das 21h que vai escrever, escalada para ir ao ar depois de "Em Família", no segundo semestre de 2014.

Ao final da entrevista, o autor faz um comentário surpreendente sobre a sua última novela, "Fina Estampa". Aguinaldo critica o "descaso" com que a novela foi tratada pela "direção", sem esclarecer se está falando do comando da emissora ou do diretor  Wolf Maia, que, curiosamente, também vivia um personagem da trama. Questionado sobre o que teve de bom e de ruim no trabalho, ele diz:

finaestampawolfmaya"O melhor foi o reencontro com Lília Cabral, com quem fiz quatro novelas. E o pior foi o descaso com que a novela foi tratada, no seu terço final, pela direção. O telespectador não deve ter percebido, pois Fina Estampa ainda é a maior audiência dos últimos cinco anos… Mas eu não perdôo".

"Doctor Pri" gira em torno de uma psicóloga (Gloria Pires), especializada em casos de adultério. Em 14 episódios, diferentes situações passarão pelo seu consultório. Segundo o autor, José Mayer e Nívea Maria também já estão certos no elenco. É o terceiro seriado que ele escreve para a emissora – depois de "Cinquentinha", em 2009, e "Lara com Z", em 2011.

Sobre a próxima novela, Aguinaldo fala pouco, na entrevista à jornalista Simone Magalhães. "O protagonista é um pobre que fica rico, no fim da década de 1980", conta. Evitando dar muitos detalhes sobre o personagem principal, acrescenta: "Digamos que ele aprendeu muito com a vida, mas não é refinado. É um Lula no corpo de um galã de novela das 9."

Aguinaldo adianta ainda que a trama terá "um personagem gay diferente de todos que já foram abordados em novelas."

É na última parte, convidado a comentar aspectos positivos e negativos dos seus principais trabalhos, que ele critica a direção de "Fina Estampa". Já ao falar sobre "Roque Santeiro", repete uma velha reclamação, a de que nunca teve o devido crédito ao substituir Dias Gomes durante a novela. "O ruim foi a longa e desgastante tentativa de me apagar da autoria da novela".

A entrevista pode ser lida na íntegra aqui. 

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.