Se “Lado a Lado” agrada aos gringos, quem sabe não é hora do brasileiro ver
A escolha de "Lado a Lado" como melhor novela no Emmy Internacional é um desses raros momentos em que o conhecido complexo de inferioridade do brasileiro em relação ao estrangeiro pode ter uma consequência positiva.
Como se sabe, a novela de Claudia Lage e João Ximenes Braga, exibida entre setembro de 2012 e março de 2013, foi um fracasso de audiência – a mais baixa do horário das 18h30 até hoje.
Aproveitando o respeito exagerado que costumamos ter pelo que pensam sobre nós lá fora, o prêmio oferece a oportunidade de tentar entender o que os gringos viram na novela que os espectadores brasileiros não viram.
Ambientada entre 1907 e 1910 na então capital da República, "Lado a Lado" tratou de diversos episódios históricos dramáticos, como a Revolta da Chibata, mostrou o desenvolvimento da primeira favela do Rio, expôs o preconceito de parte da elite diante dos negros livres da escravidão e descreveu a luta das mulheres pela emancipação numa sociedade machista.
Não vou aqui repetir os muitos elogios – e as poucas restrições – que fiz sobre a novela ao longo da sua exibição (deixo alguns links abaixo, caso o leitor se interesse). Espero que "Lado a Lado" ganhe uma segunda chance, no "Vale a Pena Ver Novo" ou no canal Viva, de modo que possa ser conhecida por um público maior.
Sobre a novela
Uma ótima novela em busca do seu público
A regra do jogo
"O Rio civiliza-se"
Final não combina com o que "Lado a Lado" mostrou em seis meses
O negro no futebol brasileiro e na novela
Sobre o autor
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