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Em grande forma no Aprendiz, Justus diz que não seria sócio de Aristóteles

Mauricio Stycer

13/11/2013 05h01

justus

Duvido que alguém assista ao "Aprendiz" para aprender como se dar bem numa empresa ou como se relacionar corretamente com o chefe. O reality show da Record é divertido porque passa longe da realidade. O programa é uma grande encenação, com pitadas de comédia e algumas doses de sadismo, do que seria o tal mundo corporativo.

Roberto Justus, no papel do chefe, é sempre o melhor personagem. A cada episódio no comando deste "Aprendiz – O Retorno" ele está mais engraçado. Nesta terça-feira, as suas broncas valeram cada minuto do programa.

A melhor, de longe, foi a resposta que deu ao candidato Evandro, que recorreu ao filósofo Aristóteles para tentar justificar uma falha sua no papel de líder de uma das equipes. "Não sei se Aristóteles duraria muito tempo como meu sócio…", disse Justus.

Antes, ele já havia destruído outra candidata, Maytê, responsável por encomendar uma placa com o termo "test drive", mas que apareceu como "teste drive". "Falou inglês o programa inteiro e na hora de fazer a placa erra!", criticou. "Vergonha. Imperdoável", disse, com a maior seriedade.

Comentando o ambiente que a equipe montou para o tal test drive, Justus foi igualmente implacável: "O estande de vocês parece que foi criado por adolescente vendendo limonada".

Por fim, no que talvez tenha sido a exigência mais sádica da noite, pediu que os candidatos falassem de si mesmos na terceira pessoa, justificando porque não deveriam ser demitidos. Os três que se submeteram à experiência choraram. Justus segurou o riso.

A partir desta semana, "Aprendiz" passa a ser exibido também às quartas-feiras. A Record diz que esta mudança estava programada e não tem relação com os baixos índices de audiência que o programa vem alcançando.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.