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Pânico fatura com Sabrina, mas deixa Justin Timberlake mal na fita

Mauricio Stycer

21/09/2013 05h01

A esta altura, todo mundo já deve ter visto ou ouvido falar da "entrevista" de Sabrina Sato com Justin Timberlake, exibida pelo "Pânico" no último domingo (15). A conversa teve enorme repercussão por três motivos: 1) O inglês forçadamente ruim da entrevistadora, que leu as perguntas à maneira de Joel Santana, mas com sotaque caipira: 2) os comentários embaraçosos que ela fez ao longo do encontro, como "você é muito gostoso" ou "você canta e dança como um negro americano"; 3) o presente que ela deu para o cantor ao final, uma suposta réplica da sua bunda.

Foi, para quem conhece, um evento típico do "Pânico", no qual a piada é resultado de algum tipo de constrangimento. Sabrina faz enorme sucesso com este número – a morena burra e ingênua, vestindo roupa insinuante. Timberlake é profissional. Não faço ideia se foi alertado do "mico" a que seria submetido, mas comporta-se muito bem ao longo da entrevista.

O objetivo do encontro era uma entrevista para falar do filme "Aposta Máxima". Alguém da área de marketing deve ter pensado que a reunião de Timberlake com Sabrina seria interessante para a promoção do longa-metragem.

Para o "Pânico", certamente, a entrevista foi um sucesso. Sabrina adorou. Aposto que o programa vai comemorar a repercussão neste domingo, exibindo reproduções das notas publicadas em sites estrangeiros sobre o evento.

Já para os promotores de "Aposta Máxima", não sei avaliar. Em número de menções na internet, certamente a iniciativa foi um sucesso, ainda que boa parte dos comentários, inclusive no exterior, sejam irônicos ou abertamente debochados.

A principal lembrança desta entrevista será o diálogo final: "Estou te dando minha bunda de presente", diz Sabrina. "It´s great", responde Timberlake.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.