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Ratinho festeja 15 anos de SBT e agradece ao produtor que o aconselhou a desistir da baixaria

Mauricio Stycer

10/09/2013 05h01

Os 15 anos de Carlos Massa no SBT foram comemorados na noite desta segunda-feira (09) com um programa-festa repleto de atrações musicais e homenagens destinadas a realçar o estilo que o apresentador adotou nos últimos anos, o "Ratinho para família".

Já os primeiros anos de Ratinho no SBT, tempos em que surgia no palco de cassetete na mão, gritando e xingando, foram praticamente ignorados, com exceção de uma ou duas imagens, rapidamente exibidas, e uma homenagem bacana ao humorista e produtor Valentino Guzzo (1936-1998), que mereceu as seguintes palavras do apresentador:

"O Valentino foi uma pessoa muito especial na minha vida. Ele chegou em mim um dia… Eu fazia aqueles programas todos… Meu programa sempre foi uma mistura do nada com coisa nenhuma… Mas ele chegou em mim e disse: 'Por que você não usa a sua veia de brincar, de entretenimento, de humor, que ela é mais forte que a outra. Você vai ficar mais querido do que fazendo programa policial'. O Valentino me falou isso quando eu ainda estava na Record e eu convidei ele para trabalhar comigo. Ele falou: 'Eu vou, mas quero deixar o programa mais alegre'. Valentino, eu cumpri o que eu te prometi quando eu deixei o meu programa mais alegre. Foi você que começou."

Guzzo morreu no fim de 1998, meses depois da estreia do programa no SBT. Cuidava dos poucos quadros bem-humorados na primeira fase, mas não teve a oportunidade de ver a guinada que o apresentador deu.

Diante das duas filhas de Guzzo, Vanessa e Beth (esta última trabalha no programa), Ratinho chamou o produtor de  "amigo e eterno mestre". Para o grande público,  Guzzo foi mais conhecido por interpretar a personagem "Vovó Mafalda" (acima), no programa "Bozo", nos anos 80.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.