“Esporte Espetacular” age como espectador e ri da ação de massagista na Série D
O lance pode até ser engraçado, mas antes disso revela um drama: um time foi eliminado de uma competição oficial por causa do gesto desleal de um funcionário da equipe rival. Veja aqui.
Entendo os risos do espectador ao ver a ação do massagista da Aparecidense, que impediu um gol decisivo do Tupi. Mas acho lamentável a gargalhada da jornalista Glenda Kozlowski ao descrever os acontecimentos no "Esporte Espetacular", na Globo, neste domingo (08).
Seu colega de programa, Ivan Moré, também deu tratamento humorístico ao assunto. "Vamos falar agora de uma situação muito maluca, incrível, que aconteceu na Série D do Campeonato Brasileiro", anunciou enquanto Glenda gargalhava.
Moré ainda observou: "Só para constar, na regra, o massagista não faz parte do jogo. Por isso, o resultado foi mantido." E Glenda acrescentou, ignorando os desdobramentos que o caso terá: "Olha a confusão… Mas tá na regra. Então tá classificado. Não tem muito jeito."
O leitor pode dizer que estou sendo ranzinza. Tudo bem. Ainda que aparentemente cômico, o caso é grave e merece tratamento sério de quem faz jornalismo esportivo. Tratá-lo aos risos, num programa com o alcance do "Esporte Espetacular", pode dar um sinal errado ao público. Pode ser visto como conivência com a malandragem, com a falta de ética e o vale tudo.
Registre-se que, à noite, no "Fantástico", Tadeu Schmidt não apenas condenou o gesto do massagista, como deu um recado a todos que riram da situação: "Isso não tem graça nenhuma. Imagina se todo mundo resolve entrar em campo e, como um rato, sim, como um rato, impedir o gol adversário. Já pensou? Acabou o futebol."
Em tempo: Veja a a reportagem do "Esporte Espetacular" aqui. A do "Fantástico" está aqui. Leia também: Massagista-goleiro é elogiado por jogadores e diz: "Pensei 'vou morrer"'.
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