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Major Nelson vai deixar saudades

Mauricio Stycer

24/11/2012 11h37

Concordo que o vilão J.R. Ewing de "Dallas" foi o papel mais marcante na carreira de Larry Hagman (1931-2012), mas para quem foi criança no final dos anos 60 e início dos 70 o ator será sempre lembrado como o Major Nelson de "Jeannie É um Gênio".

O seriado foi criado pelo escritor Sidney Sheldon (1917-2007) e estreou na TV americana em 1965 com o título de "I Dream of Jeannie". Hagman contracenava com Barbara Eden no papel da superpoderosa Jeannie, que, depois de libertada de dentro de uma garrafa por Nelson, o trata como como amo e se apaixona por ele.

Linda, sexy, engraçada e abusada, a Jeannie de Barbara Eden, claro, era a principal atração do seriado. Mas Hagman compunha um ótimo par como o desajeitado e atrapalhado Nelson.

Exibido ao longo de cinco temporadas (a primeira em preto-e-branco, as demais em cores), "Jeannie É um Gênio" circulou por quase todas as emissoras do Brasil. Nos últimos anos, os programas foram lançados em DVD (atualmente, é possível comprar uma caixa com as cinco temporadas).

Em 2011, Barbara Eden lançou sua biografia, "Jeannie Out of the Bottle", na qual conta que Hagman, durante as gravações, costumava reclamar do roteiro do seriado e o classifica como "temperamental", mas o livro ainda não mereceu uma edição brasileira.

O seriado inspirou dois telefilmes, "Jeannie É um Gênio – 15 Anos Depois" (1985) e "I Still Dream of Jeannie" (1991), ambos com Barbara, mas sem Hagman. E há anos fala-se de uma produção de Hollywood baseada no seriado, que até hoje não saiu do papel.

Em tempo: Leia sobre a morte de Larry Hagman aqui. Sobre a biografia de Barbara Éden, veja aqui.

Atualizado às 13h com a lembrança de alguns leitores sobre os telefilmes.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.