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Presença de Gabriela diminui e ela chega a sumir de capítulo de “Gabriela”

Mauricio Stycer

12/09/2012 06h01

Gabriela parece estar perdendo espaço em "Gabriela". Nos últimos quatro capítulos da novela de Walcyr Carrasco, a protagonista, vivida por Juliana Paes, teve participação importante apenas em um. Em dois, apareceu muito brevemente. E em um deles, a personagem simplesmente não surgiu em cena.

No episódio da última quarta-feira (5/9), mais curto que o normal por causa do futebol, a trama girou em torno da recusa de Gerusa, neta do coronel Ramiro, em se casar com Juvenal, como estava acertado, por causa de sua paixão por Mundinho Falcão. Caso raro numa novela, a protagonista Gabriela não mereceu uma única cena ao longo dos 17 minutos.

No dia seguinte (6/9), a história girou em torno do atentado contra Mundinho. O capítulo de 28 minutos mostrou Ramiro encomendando a morte do rival, a preparação para o crime, o incêndio na redação do jornal e o tiro. No último minuto da trama, Gabriela apareceu pela primeira vez, com a função de dar guarida a Fagundes, o atirador.

Na sexta-feira (7/9), Gabriela finalmente voltou a ser protagonista da novela que leva o seu nome. Escondeu Fagundes, procurou o coronel Melk para informá-lo do esconderijo do atirador, enganou Nacib e, no final, entregou o capanga aos manda-chuvas de Ilhéus, ouvindo de Ramiro que agora tem crédito com ele.

Já nesta terça-feira, Gabriela retornou ao papel de coadjuvante da novela. Teve participação apenas em uma cena de menor importância. A protagonista do capítulo voltou a ser Gerusa, e sua paixão impossível por Mundinho. O coronel Ramiro decidiu mandar a neta, apaixonada por seu inimigo político, para um convento.

Pode ser apenas temporário, uma fase da novela em que outras tramas estejam merecendo mais atenção do autor. Mas pode ser também sinal de que a protagonista não esteja rendendo tanto quanto se esperava dela.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.