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Nicole Bahls: uma luz no fim do túnel da baixaria

Mauricio Stycer

26/04/2012 11h21

Convidada de honra do "Superpop", de Luciana Gimenez, na noite de quarta-feira, a modelo Nicole Bahls saciou a curiosidade da audiência sobre os mais variados aspectos da sua intimidade e da sua carreira pregressa como "panicat".

O show de baixaria incluiu perguntas indecentes e observações sobre todos os seus namorados e sogras, detalhes a respeito dos "barracos" que teve com outras "panicats", questionamentos sobre prostituição e insinuações sobre a sua preferência por homens ricos e famosos.

Nicole explicou que ganha a vida honestamente fazendo "presença vip", ou seja, recebe para comparecer a festas e eventos. "Ganho R$ 10 mil por duas horas de trabalho", contou. E acrescentou: "Não faria programa porque não gosto de homem velho".

Ex-namorada de Thor, filho do bilionário Eike Batista, bem como de alguns músicos de diferentes ritmos musicais e de um jogador de futebol, Nicole foi colocada contra a parede por seus entrevistadores. Todos queriam extrair dela uma confissão sobre o seu suposto interesse apenas por homens famosos. "A outra, que namora o cara pobre, é amor. Eu, que tenho o meu dinheiro, é interesse?", perguntou.

Mas a melhor da noite foi sua resposta a outro questionamento insistente. A turma de Luciana Gimenez queria saber se a ex-panicat recebeu muitas propostas indecentes ao longo de sua carreira. Cansada de ouvir o blablablá, foi direto ao ponto: "A gente trabalhava rebolando a bunda. Ia receber proposta de quem? Da Igreja?"

Não deixa de ser curioso observar, ainda, que o programa "Pânico", xingado pelos donos da RedeTV! ao trocar a emissora pela Band, acabou sendo um dos temas principais do "Superpop", que é apresentado justamente pela mulher do vice-presidente da RedeTV!.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.