Confusão com “CQC” expõe conflito entre reportagem e humorismo
Teve muita repercussão a nota publicada no blog sobre a confusão causada pelo repórter Mauricio Meirelles, do "CQC", durante a cobertura de um evento com a presença da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Entre os muitos comentários, compartilho abaixo a opinião do jornalista Gabriel Priolli, com a qual eu concordo muito.
"Há uma questão a discutir nas matérias do CQC, Pânico e derivados: a ambiguidade entre jornalismo e humorismo. É correto valer-se de prerrogativas de repórteres, como o credenciamento em eventos não facultado a artistas, para fazer humor, entretenimento? É ético estabelecer uma relação com entrevistados que se faz passar uma coisa (reportagem), mas é outra muito distinta (humor)? Acho que a contradição nesse assunto está chegando ao paroxismo, o que explica o comportamento dos coleguinhas que se insurgiram contra o cara do CQC."
O incidente, como dá a entender a observação de Priolli, já pode ser considerado um marco na relação entre jornalistas e humoristas.
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Aproveito o caso para contar uma história antiga. Numa palestra a jornalistas brasileiros, na década de 90, um profissional da cúpula do "New York Times" contou uma história que jamais esqueci. Numa noite de lazer, ele compareceu a uma festa repleta de jornalistas, em Nova York. A certa altura, descendo a escada da casa com o copo na mão, tropeçou e caiu. Foi parar no hospital, onde ficou alguns dias. Diz que recebeu a visita de quase todos os jornalistas que estavam na mesma festa. "O interessante é que cada jornalista descreveu a minha queda de uma forma diferente", ele contou, rindo.
Havia cerca de 100 jornalistas presentes no Itamaraty. Com base nos relatos de alguns deles, tentei descrever o que aconteceu. Não foi tarefa fácil.
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