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Sem aviso, último capítulo de “A Vida da Gente” começa 20 minutos antes do horário habitual

Mauricio Stycer

02/03/2012 20h23


Por 136 capítulos, entre os dias 26 de setembro de 2011 e 3 de março de 2012, "A Vida da Gente" foi ar às 18h20, com uma margem de variação de cinco minutos, para mais ou para menos. No dia do 137º capítulo, justamente o último, a novela começou 20 minutos antes, às 18h02.

Sem aviso prévio, uma boa parte do público perdeu o primeiro bloco do capitulo final, passado quase integralmente no hospital, onde Julia e Manuela se recuperavam do transplante que salvou a vida da garota.

A causa do desrespeito com o público é conhecida. Mais longo que o habitual e com muito mais publicidade, o último capítulo precisava de mais tempo na grade. Mas, em vez de atrasar a programação no horário nobre, a Globo preferiu antecipar o início da novela. Procedimento semelhante já foi adotado no último capítulo de outras novelas das 6.

O último capítulo teve duração de 52:36, 12 minutos a mais que a média dos demais capítulos. Isso dá uma ideia do ganho que a emissora também teve com publicidade na sexta-feira.

Em compensação, a audiência média de "A Vida da Gente" foi a mais baixa desde 2008. Segundo a coluna "Zapping", a novela de Lícia Manzo teve média geral de 22 pontos no Ibope. Desde 2006, só ficou à frente de "Negócio da China" (2008), que teve 20 pontos.

No Twitter, onde comentei o assunto, dezenas de pessoas manifestaram espanto com o adiantamento do início da novela. Muitas perderam as cenas iniciais do último capítulo.

Leia mais: Último capítulo de "A Vida da Gente" mostra que as pessoas não mudam da noite para o dia e também "A Vida da Gente" trouxe novidade para a Teledramaturgia

Atualizado às 11h de 3 de março

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.