Jô Soares tem todo o direito de não querer falar com o “Pânico”
Como fez com Zeca Camargo, o "Pânico" agora se dedica a uma campanha contra Jô Soares, "acusado" de um crime grave: não quis dar entrevista ao humorista Márvio Lúcio, o Carioca, então caracterizado como "Jô Suado", na noite do lançamento de seu mais recente romance, "As Esganadas" (na imagem acima, Joana Fernandes, diretora de marketing da Companhia das Letras, entre Jô e Jô).
A campanha do "Pânico" teve início dois domingos atrás, quando o programa exibiu o esforço, em vão, de Jô Suado falar com Jô. "Querido, eu não posso falar com você. Você sabe disso", disse o apresentador, antes de acertar um direto no queixo de Carioca: "A grande diferença entre eu e o Jô Suado é que eu não fico enchendo o saco do Jô Soares".
Ao final da reportagem, Carioca falou da sua decepção com o ocorrido e anunciou a intenção de não mais fazer o quadro, no qual imita o apresentador.
Neste domingo, o "Pânico" repetiu as imagens da semana anterior e acrescentou algumas pitadas de crítica a Jô Soares, mostrando antigas entrevistas de Renato Aragão e Chico Anysio ao programa.
Imediatamente, como sempre acontece, foi deflagrada uma campanha nas redes sociais, em especial no Twitter, contra Jô Soares e em defesa da imitação que Carioca faz dele.
Jô tratou do problema na noite de segunda-feira, durante entrevista ao programa "Roda Viva", na TV Cultura. "Adoro o Jô Suado", disse. Logo, porém, observou: seria "deselegante" com a Globo, que estava fazendo reportagem sobre o lançamento do seu livro, dar entrevista ao "Pânico" naquela noite. O apresentador ainda acrescentou: "Tenho o direito de não dar entrevista".
Não vou entrar no mérito do primeiro argumento. Se seria "deselegante", ou não, não me importa. Mas concordo inteiramente com o segundo ponto. Gosto do "Pânico", mas considero autoritário achar que alguém tem obrigação de dar entrevista ou ser gentil com o programa.
Quem acompanha este blog sabe que tenho feito críticas duras a Jô Soares. Isso não me impede, muito pelo contrário, me deixa bem à vontade para sublinhar minha concordância com ele.
E não apenas no seu direito de não falar com o "Pânico", mas também na defesa irrestrita que fez, no "Roda Viva", do humor sem limites. Pressionado por vários entrevistadores a criticar Rafinha Bastos e outros humoristas da nova geração, Jô foi firme ao dizer que não se deve estabelecer qualquer tipo de restrição a quem vive de fazer graça. Ponto para ele.
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