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Após discurso político, conta de José de Abreu no Twitter é apagada

Mauricio Stycer

16/10/2010 12h54

Poucas horas depois de usar o Twitter para declarar apoio a Dilma Rousseff (PT) e chamar José Serra (PSDB) de "fascista", a conta do ator José de Abreu foi apagada.

Utilizando a TwitCam, um serviço de vídeo, o ator expôs suas opiniões sobre o quadro eleitoral por cerca de duas horas na noite de sexta-feira. Na manhã desta sábado, quem procurava pela conta de Abreu, @zebigorna, era informado que ela não existe.

O ator não deu explicações, até o momento, sobre o que ocorreu.

Abreu reuniu uma audiência de cerca de 10 mil pessoas durante sua conversa sobre política. Além das críticas a Serra, também chamou o seu candidato a vice, Índio da Costa, de "surfistinha do Rio de Janeiro".

Defendeu a legalização da maconha, "como o Fernando Henrique", e criticou "a onda conservadora que tomou de assalto o Brasil". "Tenho 64 anos, cinco filhos e quatro netos. É incrível ver jovens tão reacionários, atrasados, e devem até fumar um baseadinho, ficar aqui me criticando. Hipocrisia é fogo."

Diversos internautas perguntaram ao ator durante a transmissão se ele não estava bêbado. Abreu respondeu que estava bebendo uma cerveja apenas.

O ator também foi questionado sobre a Rede Globo. Observou que é funcionário da emissora há mais de 30 anos e que respeita a proibição de não aparecer na televisão fazendo campanha política. "Eu não estou na TV, estou no Twitter", observou.

Abreu disse que está escalado para trabalhar na próxima novela das 9, "Insensato Coração", de Gilberto Braga, com estreia prevista para janeiro. "A não ser que vocês liguem pra Globo reclamando que eu sou comunista fdp. Mas a Globo não vai fazer isso."

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.